terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Oração da grávida


Eu vos glorifico,Pai celeste,Deus criador,porque fizeste em mim grandes coisas e vai nascer de mim um (dois,...) filho(o)(s), fruto de um amor que abençoaste.
Jesus, filho de Deus ,que me permitistes adorar- Vos pequenino no presépio, eu vos ofereço meu(s) filhinho(a)(s), vosso irmão. Enriquecei-o com os belos dons da natureza e da graça. Que na terra seja(m) nossa(s) alegria(s), e na eternidade, vossa glória!
Espirito Santo,cobri-me com vossa sombra durante estes benditos meses de espera, a fim de que nada possa acontecer de mau ao meu(s) filhinho(a)(s) e que sua(s) alma(s) esteja(m) pronta(s) a tornar-se Vosso santuário pelo batismo.
E vós, Maria, Rainha das Mães, assisti-me vos peço, na hora do nascimento do(s) meu(s) filho(a)(s).
Aceito,desde já, todos os sofrimentos que vierem e peço-vos que ofereçais a Deus por meu filho.
Meu santo anjo da guarda, santo anjo da guarda do meu filho(a), velai sobre nós dois.
Amém.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Mensagem para mães cansadas...


Um bebê nasce apenas uma vez, mas uma mãe nasce e renasce muitas outras. E nesse processo de recomeços, descobertas, amor e aprendizado, existe também o medo, a tristeza, a renúncia e os dias negros. Nem só de luz e sorrisos é feita a maternidade. Contudo, pouco se fala abertamente sobre a escuridão materna. É um tabu.

O bebê nasce e a mãe viveu feliz para sempre. The end. Não, mas essa não é a realidade, e sim, precisamos falar sobre isso.

Os especialistas são claros em dizer que o bebê precisa se adaptar a vida fora do útero, ser cuidado e toda essa descoberta pode lhe gerar muita angústia, mas quase ninguém conta das mudanças e das angústias da mulher, numa nova vida, num recomeço agora também como mãe.

Quando você está grávida, sempre falam do amor imensurável que você irá sentir, e no geral ele vem mesmo, para algumas mais rápido, outras nem tanto, mas no geral ele vem, e é realmente imensurável e gigantesco, o que não contam é que amor demais também traz medo, o padecer e a insegurança.

A maternidade é outrora também, uma renúncia. Sim, renunciar a liberdade de tomar um banho na hora desejada, de deitar e dormir quando e como quiser. Ir e vir como bem entender. A mãe se doa por completo, e nesse processo por vezes, ela se perde. Se doa e não mais se encontra, e se culpa, se por vezes quer se reencontrar.

Tanto se fala hoje em dia sobre as famosas “crises de crescimento” que alteram o humor, apetite, sono e comportamento dos bebês. Mas o que nenhum artigo conta é que as mulheres também passam por fases de crescimento, nesse infinito crescimento como mães e como pessoa.

Educar é muito mais aprender que ensinar. Compreender é muito mais assimilar que aceitar. A mãe passa pela fase da renúncia a vida antiga, processo que varia de tempo e grau de mulher para mulher, mas que existe com todas elas. Daí ela precisa recomeçar, reaprender para por fim, renascer como mãe.

Ninguém fala que nessas fases dolorosas de crescimento e aprendizado como mãe, existirão dias em que você só gostaria de ficar sozinha, de ter colo ao invés de dar colo. Dias em que você se indagará no lugar mais secreto do seu subconsciente se fez a escolha certa ao ser mãe. Dias que perderá a paciência e sentirá todo seu corpo se corroer em dúvidas, medo e culpa. Dias escuros. E na grande maioria das vezes você sequer tem alguém para falar sobre eles.

Quantas lágrimas já não desabaram silenciosas e secretas do seu coração? O mundo parece rodeado apenas de mães felizes e realizadas.

“Não quis ser mãe, agora aguenta” é o que no geral a sociedade impõe. Não aceite este rótulo. Tem dias que você não agüenta não, porque maternidade é também um relacionamento, como qualquer outro, provido de dias ruins, dias bons, e muita entrega e estágios.

Do mesmo modo que um bebê aprende a falar, andar, comer, uma mulher também aprende a se tornar mãe. Quando se fala em desmame, desfralde, introdução alimentar dentre outros processos, sempre a preocupação e foco são o bebê. Tudo para ele não sofrer. Mas e a mãe? E aqueles pensamentos que por vezes a corroem, mas ela sequer consegue admiti-los para si.

Talvez ela só queria desmamar para poder dormir um pouco mais, sair e ter umas horas livres. Aquele xixi por toda a casa é misturado às lágrimas de cansaço e exaustão. Madrugadas em claro que quando o choro vem, você só queria chorar também e sumir. Mas não, ela sequer se permite admitir tais sentimentos, quanto menos vivenciá-los ou falar sobre eles.

Dizem que devemos criar os filhos para o mundo, ensiná-los a voar, mas ninguém nos conta o que devemos fazer quando eles simplesmente voam, e você fica ali, sentindo-se flutuar sem chão.

Mãe, se você está tendo um dia ruim, sentindo toda sua força se esvair, olhe para seu filho. Ali está sua força, descubra que você não só a doou como também a multiplicou em si. Você é maior do que pensa, e tão humana quanto qualquer outro. Você não é a pior mãe do mundo.

Todas as mães têm um baú trancafiado de dias escuros na maternidade, nós somente não falamos sobre eles, muito menos permitimos abri-lo até para nós mesmas.

Você não está sozinha. Não tenha medo da tempestade, deixe-a vir e se abrandará. Não se esconda da escuridão, se permita e enxergará a luz.

Retirei do facebook - Simone Amaral

domingo, 4 de outubro de 2015

Ensinem...!!


Ensinem suas filhas e filhos a pegar ônibus logo cedo, primeiro com vocês, depois sozinhos. Eles vão precisar disso um dia na adolescência ou na vida adulta e mesmo que você seja muito rico e pense que não precisarão, não há como ter certeza. Se nunca andaram, terão tendência a ficarem abobalhados, pouco espertos e mais propensos a sofrerem assaltos ou atropelamentos.

Ensinem seus filhos e filhas a andar a pé, porque só se aprende a atravessar ruas andando a pé. Bicicleta só para recreação, com você carregando o malinha e sua mala rampa acima, não vai dar boa coisa. Molequinhos e molequinhas precisam saber ir e voltar. Carregarem seus casaquinhos, bonequinhas e carrinhos faz parte da missão: mãe e pai não são cabides.

Ensinem suas filhas e filhos desde bebês a descascar bananas, maiorezinhos devem saber comer maçã sem ser picada, devem aprender a espremer um suco no muque, usar garfo e faca, colocar a roupa suja no cesto, lavar, secar e guardar louça. Assim não serão os malas na casa da tia no dia do pijama. No mínimo.

Ensinem seus filhos e filhas adolescentes a lavar o próprio par de tênis, lavar, pendurar, recolher e dobrar roupas, cozinhar algo básico, trocar lâmpadas e resistência do chuveiro. Ensine que isso pode não ser prazeroso como tomar um sorvete ou jogar no celular, mas é importante e necessário.

Ensinem suas filhas e filhos a plantar, colher e entenderem a diferença entre um pé de alface e um pé de couve. Você pode não acreditar, mas por falta de ensinamentos básicos muita criança se cria achando que leite é um produto que nasce em caixas. Isso não é engraçado, é um efeito colateral involutivo do nosso tempo.

Não tema o fogo, o fogão, a chaleira nas mãos dos coitadinhos. Se você não ensinar, eles vão fazer muita bobagem e vão se queimar. Educar é confiar nas capacidades e na inteligência deles. É mostrar perigos e ensinar a lidar com perigos.

Eduquem seus filhos para a vida, para capacidades. Prazer não precisa ser ensinado, é um benefício, um privilégio. Ter empregada doméstica em casa não deve ser visto e sentido como alguém que vem acoplado ao lar, quase uma "coisa" um "objeto humano" de limpar e organizar sem parar.

Essas não são dicas moralistas. Educar para a solidariedade é um ato até egoísta e nada poético. Ao ensinar coisas básicas de sobrevivência aos filhos, estamos promovendo confiança e capacidade, auto-estima, senso de dever e responsabilidade.

Evite produzir e multiplicar pessoas que um dia serão adultos entediados, mimados que acharão eternamente que vieram ao mundo a passeio, sem a menor noção do que é resiliência, inaptos para cuidar de si mesmos e de outros, caso se multipliquem preguiçosamente.

A vida pode ser bela, a vida pode não ser dura para herdeiros, mas ela cobrará sempre, de qualquer um de nós, firmeza e força de vontade. Isso não é nato, depende de adversidades e luta pela sobrevivência e nada tem a ver com capacidade de apertar um botão ou deslizar os dedões no Iphone.

Por Cláudia Rodrigues